A dificuldade da chamada terceira via se consolidar como alternativa real na disputa pelo Palácio do Planalto fez com que uma ala do recém-criado União Brasil abrisse conversas com aliados do presidente Jair Bolsonaro.
As tratativas, ainda incipientes, são tidas como uma forma de equacionar disputas regionais e também distensionar o ambiente dentro da nova sigla com os deputados bolsonaristas do antigo PSL.
O pano de fundo dessa costura passa pela avaliação de que, formado pela junção de dois partidos mais alinhados à direita, DEM e PSL, o União Brasil não teria condições de estar ao lado do PT na disputa nacional.
De acordo com relatos feitos à CNN, as conversas também podem envolver a retirada de candidaturas de ministros e aliados em Estados considerados chave para o União Brasil. O gesto mais enfático em nome de um grande acordo nacional poderia ser feito na Bahia, onde o ministro João Roma (Republicanos) é pré-candidato ao governo.
Hoje, embora as pesquisas locais não apontem para um cenário que fuja da polarização entre ACM Neto e Jaques Wagner (PT), aliados do presidente têm trabalhado com a tese de que a saída de Roma da disputa poderia abrir espaço para que o União Brasil conquistasse o governo da Bahia no primeiro turno com mais facilidade.
Em entrevista ao jornal ‘O Globo’, o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que “se dependesse de nós haveria ali uma composição com o ACM Neto, até porque, entre as opções na Bahia, é o que está menos distante de Bolsonaro”.
Roma, que por anos foi aliado de primeira hora de Neto, passou a ser tratado como adversário quando aceitou o posto no governo Bolsonaro.
Agora, no entanto, tanto aliados do presidente quanto uma ala do União Brasil acreditam que há espaço para uma recomposição. O gesto ao União Brasil também passaria pelo Estado de Goiás, onde o deputado estadual Major Vitor Hugo tem se colocado como pré-candidato ao governo, na disputa com o atual governador Ronaldo Caiado.
O movimento, no entanto, não é consenso dentro do União Brasil. Para uma ala importante do partido, uma aliança com Bolsonaro é tratada como impossível. À CNN, integrantes do novo partido disseram que as medições internas mostram que tanto para ACM Neto, na Bahia, como para Ronaldo Caiado, em Goiás, uma associação a Bolsonaro não traz ganhos eleitorais.
Sem alternativa real de 3ª via, ala do União Brasil abre conversas com Bolsonaro
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